sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Projeto Jacqueline Terto corridas São Sebastião, Rio Antigo Lapa e Athenas 2016


Bom dia amigos!

Começando efetivamente o ano!!!! Que seja abençoado de vitórias com Jesus no coração!!!

Nosso ano começou animado!" Muitas corridas, iniciamos  contando que no dia 20 (Dia de São Sebastião) participamos da Corrida em sua homenagem, Rio Antigo Etapa lapa (21 de Fev), Rei e Rainha (13 de Março) e Athenas (13 de Março). Como sempre aquela festa! 


Em pé da esquerda para direita: Roberto Felix, Radamés (meu mano), Francisca, eu, Eduardo (Duzinho) Carol Belo, Seu João, Otávio Porto. Sentados da esquerda para direita: Isaías, "Zé" da Penha, Gilberto, Seu Antonio.


 Com Duzinho: Cida (sua namorada), 



No meio: Paulo do Nascimento.

Volto com novidades!!!!
Bjs bjs!!!

Jacque Terto.


sábado, 2 de janeiro de 2016

Jacqueline Terto: Pagando promessa Santana dos Desertos!!!

Olá pessoal!!!!!!
Feliz ano novo para todos nós!!!!!
Com imensa alegria retorno ao blog atualizando a nossa ultima aventura: 253,700 km na estrada real pagando promessa a Santana dos Desertos.

Espero que gostem!

Todos sabem que sou espirita Kardecista, porém sem impedimento a ter imenso amor por santos e anjos (onde entendo espíritos superiores que muito trabalharam no plano terreno pelo amor e pela caridade).

Dai meu pezinho de vez em quando está na estrada agradecendo ajudas e mais ajudas que somente o plano superior oferece! Já teve para Nossa Senhora Aparecida (minha dinda), para São Jorge (meu dindo), e tantos outros.

Desta vez foi para Nossa Senhora Santana dos Desertos.

Tudo começou quando estava as vésperas de tentar completar meu ultimo deserto: Antártica (do circuito for desert - competição que envolve os 4 desertos mais extremos do planeta : Saara, Gobi, Atacama e Antartica).

Já havia conseguido fechar os 3 primeiros, faltava o ultimo: Antartica!!! O mais temido.... imagina o que é para uma nordestina correr a 30 graus negativos?????

Pois é, é o que me esperava!

E foi com essa apreensão que eu estava me sentindo as vésperas da competição. Muito tensa, preocupada e ansiosa, temia enormemente não concluir o feito. O mais triste de não concluir era devido o fato de correr por minha causa social: Ultramaratona com responsabilidade social junto a pessoas com e sem deficiências em condições de pobreza e risco social.

Preocupado, conversei bastante com o querido Luiz Lacerda sobre tudo, e ele como sempre, me tranquilizando, uma vez que havia treinado muito bem e estava preparada para a prova. Dai eu dizia: para a prova sim (250 km ) mais para o gelo não!!!!!

Uma semana antes da viajem  um fato aconteceu:

Era comecinho da madrugada, quando tive o seguinte sonho:

Me encontrava sentada numa pedra embaixo de uma arvore, meditando sobre a prova quando uma senhora surgiu. Com olhar muito meigo e doce se aproximou. Olhei para ela e meu coração se encheu de ternura, prontamente levantei da pedra para dar o lugar a ela. Disse não precisar pois estava de passagem. Mesmo assim respeitosamente achei por bem levantar...

Foi quando ouvi sua voz suave me dizer para "acalmar-me pois tudo daria certo"... Senti um arrepio nas costas!!!!! Olhei diretamente em seus olhos e perguntei como sabia que eu estava preocupada.
Respondeu-me que o que importava era que eu tinha feito a minha parte, então deveria acreditar no meu ideal e seguir com coragem.

Meu coração disparou ao mesmo tempo que sentiu uma leveza sem tamanho.

Respondi que se eu terminasse a prova eu iria visita-la em sua casa para um abraço de agradecimento bem especial, percorrendo 250 km (distancia a ser percorrida na Antartica) em sua homenagem.

Quando vi estava abraçada a ela e agradecendo por palavras tão encorajadoras. Deu me um beijinho na testa e desejou me luz na empreitada.

Agradeci novamente e nos despedimos.

Quando ela ja ia um pouco adiante lembrei que não havia perguntado onde ela morava e qual era o seu nome.

Gritei e perguntei: Senhora onde mora, como farei para ir visita-la? Ela respondeu: você saberá...
eu: mais como? ela: naõ se preocupe....  eu: pelo menos o seu nome?... apos um breve silencio ela respondeu: Santana dos Desertos.

Pasma eu perguntei: e existe uma senhora dos desertos?

Ela: Sim, sou eu. Confie que você realizará sua prova. Estarei com você no coração.

Com lágrimas nos olhos acordei. E com enorme leveza na alma.

Fiquei pensando que sonho era aquele. Como Deus consegue sempre encontrar uma forma de falar conosco. Mais era claro que era apenas um sonho bom. Imagina: Santa dos Desertos!!!! Nunca ouvi falar!!! Corri os 3 desertos mais extremos ate aquele momento e nunca soube que existi tal santa (alias se soubesse a muito que já havia feito "contato" rissosss).

No outro dia contei ao Luiz o sonho bom, ele disse que era as bençãos divinas penetrando meu sono e consequentemente meu espirito preparando-me para a "empreitada".

Fiquei 3 dias "encucada" com o sonho. Até que num rompante característico de Jacqueline Terto resolvi pesquisar se havia realmente alguma santa do deserto (fui descrente confesso, mais quis ver para crer...)

Com o coração batendo descompassadamente comecei a pesquisa...pesquisei, pesquisei e foi quando de repente me apareceu na tela a pequena cidadezinha de Santana dos Deserto, bem aqui pertinho,nas Minas Gerais na Estrada Real!!!!


Breve historico:
A origem do povoado de Santana do Deserto, que se localiza nos limites setentrionais da Zona da Mata mineira, no município de Rio Doce, está no século XVIII. Para entender seu contexto é interessante conhecer a lógica da colonização e povoamento do território das Minas Gerais.
Para isto é pertinente enfatizar que o imaginário das pessoas que viveram naquele tempo era construído com misticismo, devoção a santos e fé católica (única religião presente até o momento devido a vários tratados solidificados entre a Igreja Católica e o Estado Português).
Dessa forma, a história local se desenvolve em pilares que partem da efervecência da extração aurífera ocorrido em Vila Rica (atual Ouro Preto) e Vila de Nossa Senhora do Carmo (Mariana). Tal fato trouxe para esta região um contingente de pessoas que se desdobravam em busca do ouro.
...Os desbravamentos e as picadas (grandes trilhas abertas em matas fechadas) não eram feitas sem risco de vida, isto, devido aos ataques de índios nativos e o cuidado que se havia de ter com doenças até então pouco conhecidas.
...Os ataques de índios eram freqüentes não só na região que veio a consolidar o povoado de Santana do Deserto.
...Durante muitos anos Santana do Deserto desempenhou papel muito importante para a Coroa Portuguesa, pois, funcionva como um local de proteção contra o ataque de índios nas demais vilas e arraiais. Sua posição geográfica, mais ao leste da zona aurífera, fazia com que funcionasse como uma barreira, em que, para os índios avançarem rumo a outras localidades tinham que passar primeiro por Santana, em contra-partida, era constantemente atacada. Não foi por acaso que ali se instalou uma sede do "Destacamento de Ordenanças".
...Mas, o mais relevante, seja talvêz, o acontecimento que ocasionou a mundança do nome de Santana do Rio de Peixe para Santana do Deserto, logo no início da construção do arraial. A doença propulsora de uma febre começou a atingir a população. Era a febre "maleta" (uma espécie de malária). A enfermidade alcançou proporções desastrosas e começou a dizimar a população.
...A gravidade dessa doença era tal que as pessoas começaram a deixar o local com esperança de se salvarem do foco endêmico.
...Muitas das pessoas que fugiram morreram, e faleceram também quase todos que ficaram. O local ficou praticamente desabitado, ficou "deserto".
...A esperança de vida dos que restaram, perto e longe dali, voltou-se para o sagrado, para a fé. A devoção à Santa Ana, que ficou naquele local deserto, fez com que os habitantes fizessem pedidos de alcançar uma graça, pediam pelas suas vidas. Muitas promessas se fizeram para que tal enfermidade não ocorresse mais.
Faz-se necessário pontuar que, de acordo com a tradição católica, a fé em Santana está associada a um poder de intercessão muito grande. Como era avó de Jesus Cristo, seus pedidos são atendidos a modo de império, e não de rogo ou súplica como os demais santos. Passado o foco endêmico; algum tempo depois, os poucos sobreviventes analisaram a catástrofe e o número de mortes, então atribuíram suas vidas a um milagre. A partir de então, o local passou a ser conhecido como Santana do Deserto. (Fonte: Fabricio Superbi)


Sant'ana do Deserto em 1900
Hoje, de povo tranquilo e hospitaleiro Santana do Deserto é um pequeno município incrustado num vale, nas franjas da mata Atlântica e na Zona da Mata, na raiz da Serra da Mantiqueira. Está também colocada entre os municípios do complexo do Vale do Paraíba. Suas cachoeiras magníficas são testemunhas daquilo que chamamos o pulsante coração de Minas.


O aspecto geral de seu território é montanhoso, com paisagens belíssimas e lindas cachoeiras. Sua área é de 194 km². Sua economia é de base agropecuária, no seu início plantava-se muito café, feijão, milho e cana de açúcar, produtos que eram escoados pela ferrovia. A pecuária é mais forte nas últimas décadas com o advento da criação do gado Holandês para a produção de leite e dos gados Nelore e Braman para o corte. Há também cavalos em algumas propriedades, sobretudo a Manga-larga Marchador. Também oferece serviços em seu tímido comércio e a indústria é representada pelas fábricas: Patês Bunel, Fábrica de Vassouras Santana, Sucos da Serra e Carolipe Malhas.  (Fonte: IBGE).
Sentindo uma euforia sem tamanho, naquele momento sabia que conseguiria concluir a Antártica!

E foi com coragem e fé que conclui os 4 desertos mais extremos do planeta, tornando-me com o feito, a primeira mulher da América Latina a realiza-lo.                               

Depois do feito, ao voltar para casa sabia que teria que ir visita a querida Santa do Deserto. Afinal foi o combinado!!!!

Devido ao corre corre da vida diária não foi possível ir imediatamente. Precisei me organizar para a "visita".

Passado quase 3 anos, no dia 16 de Dezembro partimos para mais uma jornada de fé!

Partimos eu o Luiz (como sempre meu fiel escodeiro!!!) com destino a caminho da Estrada Real onde iriamos percorrer 250 km até a Igreja de Santana do Deserto.

Muito poderia falar dessa peregrinação, porém, por ser um momento de reflexão e fé, peço desculpas, mais apenas mostrarei algumas fotos com pequenos comentários.

O mais importante dessa postagem, e falar que a fé não tem limites, e que o plano superior espiritual, sob a orientação do Mestre Jesus Cristo nosso irmão, jamais nos abandona.



Luiz, meu eterno companheiro. Sempre na minha retaguarda cuidando de tudo!!!!


Uma vida passada na tela das lembranças


Metade do caminho...na beira da estrada, cansada, emocionada, refletindo...


Refrescando... lugar de regeneração


200 km...faltam pouco para chegar na santinha...


234 km depois....faltam apenas 16 km para abraçar a minha querida Santana do Deserto...



Para guardar na memória


Querido Luiz emocionado, quase chegando com a tarefa da entrega do "pacotinho"(como diz ele)


Já quase sem forças... Mais com a fé e a coragem batendo no sangue...

 
è isso...conseguimos!!!!

Sem palavras...



Lembarm que la em cima mostrei a "casa" da santinha em 1900? Vejam agora!!!! Casinha de boneca. Linda!!!


Olha ela ai!!!!!


Não precisa escrever nada não? Fortíssima emoção!!!!!

 Meu querido "cinegrafista" estava tão ou mais emocionado que eu...a gravação ficou desse jeito!!!! rissos

Olha ele ai.... querido, amado, belíssima pessoa!!! Meu eterno "cuidador" Luiz Lacerda !!!! AMO!!!!!


 E então é isso... Passado 3 anos cumpri minha promessa de peregrinar 250 km para poder dar um "abraço" de agradecimento aquela que foi minha "anja" protetora pelos 4 desertos do mundo a fora: Nossa Senhora Santana do Deserto!!!



A todos vocês, uma flor com amor!!!!

Bjs bjs

Jacque Terto.