terça-feira, 1 de setembro de 2009

Aluna com mais idade em Vilas Olimpicas do RJ: 104 anos!!!

Ola amigos!!!

Com imensa felicidade estou postando um relato de noticia das mais emocionantes!!!

Aniversário de uma aluna nossa (do projeto para pessoas com deficiência) da Vila Olímpica da Maré!. A idade??? Meros 104 anos!!!! Quer mais?!?!?!?


Pois é, gente. Essa senhora espetacular chegou ao nosso projeto atraves da filha (também Maria) de 67 anos que nos procurou para inscrição em alguma atividade. Ao entrevista-la soubemos que morava com a mãe (Dona maria Alice) que na época tinha 102 anos!!!!



Lógico que rapidamnte nos interessamos por maiores detalhes sobre essa senhora de 102 que morava na comunidade. Soubemos então que esta encontrava-se em casa, sem maiores perpesctivas de atividades ou lazer. Seguia a sua vida de maneira mais natural possivel, mais sem sair de casa devido dificuldade de locomoção (inclusive fazendo uso de cadeira de rodas). Não por isso: na mesma hora convidamos para o projeto, pois com certeza encontrariamos uma atividade adaptada para ela e sua idade. No mesmo dia ambas retornaram e começava ali o reingresso no contexto social daquelas existencias.

No ano seguinte comemoramos seus 103 anos.

E agora, Comemoramos seus 104 no ultimo dia 28 (5ª feira) na VOM.








Foi uma festa de chorar!!!



Com direito até a dança com "principe".



Coisas de uma jovem de 104 anos né não???






Com orgulho, organizamos a comemoração, e com mais orgulho ainda apresentamos a pessoa com mais idade a frequentar (e praticar atividades) numa Vila Olímpica do Municipio do RJ.

Compareceu a TV Recorde que cobriu todo o evento. ( materia foi ao ar no jornal das 20:00 horas).

Foi um showwwww!!!!!
Agradecimentos muito especiais a Coordenação do Projeto Educação e Cultura na pessoa da Profª Sandra Garcia que fez a doação dos salgadinhos e aos Srºs Hélcio Gomes e Manuel Vieira e a Srª Fátima, ambos representatantes do Supermercado VIANENSE que gentilmente fez a doação do enorme e delicioso bolo para a festa (vejam as fotos que bolo linnnndooooo).
Enfim a todos que participaram desse delicioso dia!!!!



Parabéns Dona Maria Alice!!!!
Ja começamos a pensar sua festa de 105 anos...
Aceitamos sugestões, doações, etc etc etc....!!!!!


Bjs,


Jacqueline Terto.



Olha ai a mateia que saio no jornal da VOM. Cobertura da Cristiane Barbalho!


A Vila Olímpica da Maré parou na última quinta-feira, 27 de agosto, para festejar o aniversário da aluna mais velha de todas as vilas olímpicas da cidade. Dona Maria Alice Pereira, que mora na Vila do João, celebrou a chegada dos 104 anos ao lado dos familiares, amigos, professores e profissionais da VOM. A festa, organizada pela equipe da Educação Física Adaptada, começou às 10h30m e teve tudo que uma festa de aniversário tem direito: docinhos, salgados, refrigerantes e um bolo doado pelo Supermercado Vianense. A grande surpresa da festa ficou por conta da aniversariante, que dançou com o seu ‘príncipe’ Diego Barbosa, estagiário da EFA, uma canção de Roberto Carlos. Todos os que estavam presentes ficaram encantados com a vitalidade de Maria Alice. Segundo sua bisneta Fernanda Bandeira, de 15 anos, ela não para um segundo. Anda pela casa toda, lava a louça e não tem nenhum problema de saúde.– É ótimo conviver com ela. Para mim é muito bom ter esse exemplo em casa. Espero que possamos comemorar outros aniversários aqui, comentou Fernanda.Dona Maria Alice nasceu em 29 de agosto de 1905 na cidade de São João del Rei, em Minas Gerais. Mais velha de 20 irmãos, ela perdeu o contato com eles quando veio para o Rio de Janeiro. Durante muito tempo foi lavradora de uma plantação de arroz em sua cidade natal, ofício que demonstrou sentir muita falta.Duas vezes por semana Maria Alice vai à Vila Olímpica da Maré se exercitar. Todas as terças e quintas pela manhã, ela pratica 40 minutos de atividade física. A cadeira de rodas somente é usada para facilitar o seu deslocamento, e durante a aula ela se exercita com o auxílio de sua professora.
Cristiane Barbalho, 28/08/09

Jornal da Vila Olimpica da Mare nº 1

Jornal da Vila Olímpica da Maré n. 1
ENTREVISTA: Profª Jacqueline Terto - Coordenadora do programa para pessoas com deficiências da Vila Olimpica da Maré.






Formada em educação física e psicologia e com mais
de 20 anos dando aulas para pessoas com necessidades
especiais, Jacqueline Terto é um exemplo de
mulher, atleta e profissional. Coordenadora e professora
da EFA (Educação Física Adaptada), um dos programas da
Prefeitura do Rio de Janeiro desenvolvidos na VOM, ela
começou a correr aos nove anos de idade no Rio Grande
do Norte, sua terra natal. No último ano, Jacqueline
ganhou o Jungle Marathon, uma ultramaratona de sete
dias em plena selva amazônica na qual homens e mulheres
competem de igual para igual, o que exige um treinamento
árduo e contínuo. Com isso, tornou-se a primeira
brasileira a ganhar a prova em território nacional.
A vitória rendeu-lhe a participação no Défi de
L’Oilensans, em julho deste ano, na França, e no Spartathon,
que fará o mesmo trajeto dos antigos mensageiros
gregos, em setembro de 2009. Jacqueline vem de Jacarepaguá,
onde mora, até a Maré correndo, o que para ela
é uma forma de treino. Um de seus objetivos é difundir
o programa social da Vila Olímpica da Maré e dar maior
visibilidade às pessoas com necessidades especiais.
• Qual a importância do esporte para as pessoas com necessidades
especiais?
– É fundamental porque o esporte, como a educação, o
lazer e a saúde, complementa o todo existencial do sujeito.
O esporte não é mais e nem menos importante, e sim
um complemento de igualdade e importância, porque a
sua prática supre uma série de demandas exigidas pela
saúde e pela educação.
• Como são definidas as atividades dos alunos?
– A educação física adaptada nada mais é do que uma
adaptação do que existe, que se dá de acordo com a deficiência
do aluno. Avaliamos suas limitações e fazemos
um estudo de quais seriam as atividades que realmente
contribuirão para a melhoria de suas ações.
• Qual a importância da disciplina para o atleta?
– Buscamos desmistificar a ideia de que a pessoa com deficiência
é um coitadinho e que por isso pode fazer tudo.
Nós as tratamos em igualdade e a questão dos limites
e da disciplina é dada normalmente. O que queremos é
que essas pessoas sejam incorporadas ao contexto social.
Sem limites, sem regras, sem disciplinas ela irá tornar-se
uma pessoa à parte, como vemos acontecer.
• Qual a importância da participação das famílias?
– Eu diria que é o carro-chefe de nossa ação. Buscamos
mostrar para as famílias a sua importância no processo
e por isso realizamos a cada dois meses reuniões com
elas. Tratamos cada caso individualmente, com a ficha do
aluno para ver como foi o mês passado, o que aconteceu
no mês e qual a proposta para o mês seguinte.